ABSTRACT The objective was to evaluate the effect of water salinity and environmental temperature on the nutrient consumption, digestibility, nitrogen balance, and mineral excretion of creole goats. Thirty-six males with an average age of 5.0±0.6 months and an average weight of 20.0±2.3kg were housed in metabolic cages. They are distributed in a completely randomized design, with a 2×3 type crossover (2 temperatures (T1 = 26±0.6ºC and T2 = 32±1.2ºC) and three levels of salinity (1.0, 6.0, and 12.0 dS m-1). The temperature influenced (P<0.05) the intake of water and ether (EE) extract, the digestibility of EE, organic matter and dry matter, and the concentrations of calcium and potassium in the urine of goats. There was no significant effect (P>0.05) of temperatures or water salinity levels; the animals consumed and retained averages of 10.31 and 4.19 g day-1 of nitrogen in the body, respectively. The different water salinity levels influenced (P<0.05) water intake and increased the excretions of potassium and sodium in urine. Total solids levels ranging from 640 to 9,600mg L-1 in water for goats increase water consumption, as does urine potassium and sodium excretion in urine.

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da salinidade da água e da temperatura ambiente sobre o consumo de nutrientes, a digestibilidade, o balanço de nitrogênio e a excreção mineral de caprinos crioulos. Trinta e seis machos, com idade média de 5,0 ± 0,6 meses e peso médio de 20,0±2,3kg, foram alojados em gaiolas metabólicas. O delineamento foi inteiramente ao acaso, com cruzamento do tipo 2 × 3 (duas temperaturas (T1 = 26±0,6ºC e T2 = 32±1,2ºC) e três níveis de salinidade (1,0, 6,0 e 12,0 dS m-1). A temperatura influenciou (P<0,05) a ingestão de água e o extrato etéreo (EE), a digestibilidade de EE, a matéria orgânica e a matéria seca, bem como as concentrações de cálcio e potássio na urina de caprinos. Não houve efeito significativo (P>0,05) das temperaturas ou dos níveis de salinidade da água; os animais consumiram e retiveram médias de 10,31 e 4,19g dia-1 de nitrogênio no corpo, respectivamente. Os diferentes níveis de salinidade da água influenciam (P<0,05) na ingestão de água e aumentam nas excreções urinárias de potássio e sódio; os teores de sólidos totais variando de 640 a 9.600mg L-1 na água para caprinos aumentam o consumo de água, assim como a excreção urinária de potássio e sódio.

ABSTRACT This study aimed to evaluate the effect of the inclusion of spineless cactus (Opuntia stricta Haw) in the diet of sheep on the balance of macrominerals, renal function, and blood metabolites. Five sheep cannulated in the rumen (61.5±9.5kg body weight) were used in a 5 × 5 Latin square composed of five diets and five experimental periods. The experimental period lasted 105 days, with five periods of 21 days each. Four diets containing levels of spineless cactus (121, 245, 371, and 500g/kg of dry matter (DM)), and a control diet were evaluated. Samples of the ingredients, orts, feces, urine, and blood were collected. Spineless cactus inclusion in sheep diets increased the DM intake, ash, oxalate, and all macrominerals intake (P < 0.05), but did not affect the urinary and fecal excretion of P, as well as the concentration of P in the blood (P > 0.05). It is possible to verify that the inclusion of spineless cactus, up to the level of 500g/kg of DM in the sheep diets, does not appear to cause damage to the animal’s health. Its inclusion does not compromise kidney function or blood metabolites evaluated herein.

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inclusão de palma forrageira (Opuntia stricta Haw) na dieta de ovinos sobre o balanço dos macrominerais, a função renal e os metabólitos sanguíneos. Cinco ovinos canulados no rúmen (61,5±9,5kg de peso corporal) foram distribuídos em um quadrado de 5 × 5 latinos, composto de cinco dietas e cinco períodos experimentais. O período experimental teve duração de 105 dias, sendo cinco períodos de 21 dias cada. Foram avaliadas quatro dietas contendo níveis de palma forrageira (121, 245, 371 e 500g/kg de matéria seca (MS)), e uma dieta controle. Foram coletadas amostras dos ingredientes, sobras, fezes, urina e sangue. A inclusão de palma forrageira na dieta dos ovinos aumentou o consumo de MS, cinzas, oxalato e todos os macrominerais (P<0,05), mas não afetou a excreção urinária e a fecal de P, bem como a concentração de P no sangue (P>0,05). É possível verificar que a inclusão de palma forrageira, até o nível de 500g/kg de MS na dieta de ovinos, não parece causar danos à saúde do animal. Sua inclusão não compromete a função renal ou os metabólitos sanguíneos avaliados.